sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Um recado aos desigrejados



Cada vez cresce mais o número de crentes sem igrejas, são simpatizantes de Jesus, o Cristo, mas não suportam a ideia de participar de uma igreja.
Como tenho muitos amigos desigrejados conheço vários argumentos e até mesmo me identifico com alguns deles.
Todos eles perceberam em algum momento de suas vidas a singularidade da mensagem de Jesus, ou lendo a bíblia, ou através de uma experiência marcante na juventude.
Todos são unânimes em declarar que Jesus é único caminho e que sua proposta de vida é incomparável com qualquer outra proposta entre outras religiões.
Mas também todos sentem tremenda dificuldade de se envolver em uma igreja local, uns por terem vivenciado a terrível experiência de serem julgados ou descriminados por alguns religiosos na igreja; outros por se indignarem ao verem tantos líderes, principalmente na TV, com esse discurso da prosperidade, com uma santidade que não passa de marketing para enganar o povo; e ainda tem alguns que simplesmente não sentem a necessidade de ir na igreja toda a semana, sentem que é apenas uma rotina religiosa que faz pouca diferença no dia a dia, alegam que conseguem se “recarregar” sozinhos em casa lendo a bíblia e conversando com alguns amigos.
Eu entendo os desigrejados, até porque todos esses sentimentos rondam a minha alma, e já cheguei a pensar seriamente em deixar de ir na igreja por esses três motivos.
Mas acredito que viver desigrejado não seja bom para ninguém.
Poderia usar o simples argumento de que não é projeto de Deus para ninguém viver a vida sozinho, nem o próprio cristo fez isso, nem nenhum dos seus primeiros discípulos.
Mas não é apenas uma ideia bíblica, na pratica vejo que a fuga dos religiosos julgadores não gera uma vida sem julgamentos, pois fora da igreja temos muitas cobranças e muitos dedos apontados. Com um agravante, com menos pessoas ao lado para compartilhar as fraquezas e decepções. Sem contar com a nossa consciência que é a acusadora principal por não cumprirmos o que é certo.
Caímos também no terrível erro de generalizar todos os líderes religiosos como oportunistas e falsos, esquecendo que o líder (pastor) que é correto e vive a proposta do evangelho não fica fazendo auto marketing do tanto que é santo, pois aprendeu direto com Jesus que quando se faz uma boa coisa, que seja em secreto.
Esse tipo de líder, seguidor de Jesus, está em toda parte, menos na mídia, por isso você só o encontra indo passar um tempo ao seu lado, nas igrejas onde eles estão servindo. Os desigrejados acabam cometendo o erro que sempre condenaram nos outros, o de julgar e colocar injustamente todos no mesmo “saco”, e pior, vivem com essa culpa sozinhos.
E aos que além disso tudo vivem bem sem a rotina de participar toda semana de uma igreja local, acabam sendo enganados por eles mesmos, por não perceberem que não conseguem ter sozinhos a disciplina de procurar o Jesus que eles admiram, e vão se afastando lentamente de uma comunhão saudável e proveitosa com Deus.
Amam a proposta de Cristo, mas não suportam o seu corpo. Enxergam a incapacidade da igreja em ser boa, mas não enxergam a sua própria incapacidade de fazer o bem. Condenam a igreja por uma parte que é intolerante, mas não se condenam por não perceberem a intolerância do seus próprios corações.
Viver em comunidade não é uma proposta apenas para nos sentirmos melhor, mas para enxergarmos no outro que não somos quem gostaríamos de ser. Nessa experiência semanal de frustração o Espírito de Cristo nos transforma em pessoas melhores, mais parecidas com Ele.
Entendo os motivos dos desigrejados, mas não acredito que seja a melhor opção. Deus os abençoe.

Por Marcos Botelho

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Participação em matéria na Cristianismo Hoje (Out/2013)








Pesquisa revela 4 motivos por que “ninguém quer mais ir à igreja”

Os autores Thom e Joani Schultz dedicam-se a fazer estudos constantes sobre como ajudar as igrejas a se fortalecerem. Afirmam serem consultores e já escreveram um livro polêmico anos atrás chamado “Why Nobody Learns Much of Anything in Church Anymore” [Por que ninguém mais aprende muita coisa na igreja]. Eles afirmam terem ficado muito preocupados após uma pesquisa conduzida por eles indicar que:
12% dos presentes afirmam lembrar o conteúdo do sermão no dia seguinte
90% afirmam que pensam em outras coisas durante o sermão
33% acham os sermões “longos demais”
11% dos homens e 5% das mulheres afirmam que o sermão dominical é a principal maneira como eles aprendem sobre Deus
Seu novo livro, “Why Nobody Wants to Go to Church Anymore” [Por que Ninguém mais quer ir à Igreja] promete ser igualmente polêmico. Assim como no primeiro, lideranças cristãs afirmam que a Igreja não é um esforço puramente humano e, por isso, as conclusões não podem ser aceitas sem questionamentos.
O fato é que em muitos países historicamente cristãos, principalmente na Europa e nos EUA, a frequência aos cultos diminui a cada ano. Cada vez mais, os bancos vazios aos domingos refletem-se no número recorde de igrejas fechadas ou vendidas para a abertura de templos para muçulmanos ou lojas.
No livro lançado este mês, os autores procuram fornecer algumas respostas, com destaque para as “quatro soluções possíveis” para o problema. Thom Schultz e sua esposa dizem que algumas das causas estão relacionadas com tendências sociais e culturais, mas para ele o problema pode ser identificado no mundo todo, especialmente entre os mais jovens.
Schultz disse que é uma questão complexa, pois a cultura atual questiona como nunca as crenças e o estilo de vida dos cristãos. Afirma ainda que as pessoas não querem simplesmente ser ministradas em um sistema de comunicação unidirecional, pois estão acostumadas a fazer parte de um debate constante nas redes sociais.
Os quatro aspectos principais de seu estudo, considerado por ele os “motivos” são:
1) As pessoas sentem-se julgadas na igreja. Como solução, ele propõe a “hospitalidade radical”. Isso significa aceitar a pessoa como ela é, mas sem concordar com o que ela faz. “Essa nada mais é que uma abordagem semelhante à que Cristo usava”, garante.
2) Falta de diálogo no que se refere ao ensino. Para Schultz é necessário existir uma “conversa sem medo”, que significa considerar os vários pontos de vista, ao invés de simplesmente oferecer palestras com o assunto já decidido. “As pessoas querem ser envolvidas na conversa sobre a fé”, por isso incentiva que as igrejas estejam mais abertas para ouvir opiniões.
3) Para a maioria dos não-crentes, “os cristãos são hipócritas” e essa percepção só aumenta com os casos de escândalo financeiros e sexuais em alguns meios. Por isso, o autor está pedindo “humildade genuína”. Defende que as igrejas não devem querer estar acima desses problemas sem oferecer soluções e mostrar na prática que isso é uma generalização.
4) É enorme o número de críticos argumentando que Deus está distante ou morto e por isso o mundo está nesse estado atual. Schultz acredita que as igrejas precisam voltar a sintonizar suas mensagens na pessoa de Deus. “Muitas igrejas já se esqueceram de falar sobre Deus, falam apenas sobre o que ele fazia nos tempos bíblicos”, afirma. A ênfase exagerada nos benefícios materiais que a fé pode trazer também contribui para que as pessoas percam a noção de elementos como graça e pecado, vendo sua relação com Deus como apenas uma troca de ofertas por bênçãos.
O Centro Pew de Pesquisa sobre Religião e Vida Pública, realizou um estudo demográfico abrangente em grande parte dos países do mundo. A pesquisa incluía estatísticas e análise de tendências para as próximas décadas. Uma de suas principais conclusões é o rápido crescimentos dos “sem religião”, especialmente em países tradicionalmente cristãos. Eles já são o terceiro maior grupo “religioso” do mundo, atrás de cristãos e muçulmanos. Cerca de uma em cada seis pessoas do mundo (16,3%) afirma ser “sem religião”. A maioria deles afirma que, embora tenha suas crenças particulares, não se identifica com nenhuma religião “oficial”.
Schultz acredita que essa tendência pode ser revertida caso as igrejas sejam mais relevantes em suas mensagens, especialmente se posicionando biblicamente sobre questões como desigualdade social, cuidado com o meio-ambiente, e tantas outras “perguntas que todos estão se fazendo”.
O autor mencionou a homossexualidade como um exemplo de assunto que rapidamente é abordado pelos pastores, que se esquecem que existem muitos outros tipos de imoralidades que eles parecem não ver.
“Eu acredito que a igreja pode prosperar de novo”, disse ele, observando que para isso é necessário mudar a metodologia, não a mensagem. Com informações The Blaze.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Deus como Pai e a Igreja como Mãe

O que seria de nós, como seguidores de Cristo, sem a Igreja? Não é fácil responder a esta pergunta de forma curta e clara. E diante deste desafio, nos damos conta do que Santo Agostinho já dizia: Jesus e os seus seguidores formam, juntos, o Cristo Total. Jesus é a cabeça da Igreja, e nós todos somos seu corpo. O corpo unido pela Eucaristia, que se faz um com o próprio Jesus.

É um erro tentar separar os dois. Seria como negar que Jesus Cristo elegeu doze seguidores para perpetuar seu trabalho, realizando obras bem maiores do que as que ele fez (Jo 14,12) e garantindo que Ele estaria presente todos os dias até a consumação dos tempos.

O mistério da Igreja já estava claro mesmo para a primeira comunidade cristã. São Paulo usa a imagem da Igreja para servir de referência na relação entre marido e esposa. Neste contexto, declara que «Cristo é a cabeça da Igreja e o salvador do corpo», que «a Igreja está sujeita a Cristo», e «Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra, para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível». Garante ainda que Cristo alimenta a Igreja e dela cuida (Ef. 6,21-33).

Diante disto, irmãos, não acreditemos quando nos dizem que a Igreja é uma invenção dos homens. Interessante observar que no século III São Cipriano já afirmava: «Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe.» Quem de nós permite fica passivo a uma agressão contra a sua mãe?

«Visitai esta Mãe que vos gerou. Vede o que ela vos deu: Uniu a criatura ao Criador; dos servos fez filhos de Deus; dos escravos dos demônios, irmãos de Cristo. Não sereis ingratos a tão grandes benefícios se lhes oferecerdes a alegria de vossa presença. Ninguém pode sentir que Deus o ama se despreza a Igreja mãe. Esta mãe santa e espiritual prepara-vos cada dia alimento espiritual... Ela não quer que seus filhos tenham fome desse alimento. Não abandoneis esta mãe, para que ela vos sacie da abundância de sua casa... vos recomende a Deus Pai como filhos dignos e vos conduza, livres e com saúde, à pátria Eterna, depois de vos ter alimentado com Amor. (Santo Agostinho)»
É normal vermos algumas pessoas criticando a Igreja por determinadas doutrinas, ensinamentos, quando na realidade o que ela faz não é outra coisa senão defender os ensinamentos do próprio Cristo. Está tudo nas Escrituras e no ensinamento transmitido pela sucessão apostólica.

Também está em moda uma postura «religiosa» onde só se discute a bíblia, sem religião. Como se esta fosse ruim.

Portanto, tenhamos pela Igreja o mesmo amor que temos a Cristo. Tenhamos pela Igreja o mesmo respeito que temos pela nossa mãe. Tenhamos pela Igreja a mesma generosidade que teve Cristo, ao santificá-la e por ela se entregar. Sejamos fiéis!

Fonte: http://www.depositodafe.com/

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

OS DESIGREJADOS
Resposta a uma Entrevista


1) Como líder cristão com larga trajetória na chamada "igreja institucional" e já há cerca de 12 anos com o Caminho da Graça, que leitura o senhor faz do crescimento desse movimento de "desigrejados" no país - fenômeno que, além de envolver mais e mais pessoas, já é objeto de teses, dissertações e livros?
Resposta: 


Não tenho dúvidas quanto ao fato de que houve alguns fatores a contribuir pra o ocorrido, conforme eu vinha dizendo desde 1982. Mas foi a Hipocrisia Moral e Relacional e a Teologia da Properidade, com tudo o que veio à reboca, os fatores que mais contribuíram para a presente evasão. Há outros fatores, mas estes são os mais importantes. Foi a humilhação do Evangelho o que causou tudo isto! A Palavra foi humilhada pela Imagem e pelo Capital. A Eternidade não tem mais galardão. O galardão é no Tempo. Sim, foi a morte da espiritualidade de Jesus que criou isto; e, digo: é somente o começo, à menos que todos se arrependam de sua apostasia.

2) Ao longo desses anos, o senhor viu reunirem-se ao seu redor milhares e milhares de pessoas que o procuravam para aconselhamento, expor insatisfações com as igrejas e as próprias vidas espirituais e muitas outras demandas. Isso aconteceu por volta de 2001 em diante, tempo em que o atual movimento de refluxo das igrejas, que perdem membros para movimentos e experiências eclesiásticas alternativas, apenas engatinhava. Na sua opinião, qual foi a importância daquele seu trabalho pela internet para o embasamento e mesmo o crescimento desse movimento?


Resposta: Ora, o que eu falei a vida toda, desde sempre, desde 1981 especialmente, se tornou um profecia que hoje está cumprida. Quem lembra, sabe. Todavia, foi de 2001 pra cá, especialmente agora pela www.vemevetv.com.br que o que iniciou claramente em 2001 está ganhando concreções e expressões de uma Crise de Ruptura. Sim, creio que os milhares que hoje concordam comigo não estavam aí nem desde de o início, como depois de 2001 vários que agora concordam, criticavam. Portanto, seria ridiculo negar que nenhuma influência histórica foi mais forte neste aspecto. Porém, foi um fator reativo, não propositivo. Foi a Hipocrisia Moral e Relacional e a Teologia da Properidade, com tudo o que veio à reboca, os fatores que mais contribuíram para a presente evasão, como disse antes.

3) Em números aproximados, quantas pessoas o senhor estima que estão envolvidas em seu ministério virtual e também no Caminho?
Pelo menos 3 milhões de pessoas estão envolvidas ou, no mínimo, alimentando-se do que temos produzido na Internet, e, daí pra frente, nos milhares de grupos espontaneos que estão surgindo em todos os lugares.

4) Como o senhor define sua espiritualidade hoje, em perspectiva, em relação ao que vivia antes, quando estava envolvido ministerialmente com a Igreja Presbiteriana do Brasil?
Resposta: Identica, apenas muito mais profunda, rija e radical na essencia e no dizer. Quanto à Igreja Presbiteriana, como TODOS SABEM, nunca teve nenhum papel que me fosse inibidor ou coibidor. Eu jamais aceitaria. Quem me conhece, sabe.

5) O senhor acredita que é possível uma plena vivência espiritual e uma efetiva vida cristã por parte daquelas pessoas que abandonam a igreja e preferem uma experiência particular de fé?
Resposta:


O Caminho é Jesus. A Igreja Corpo é parte do Importância da Fé, não da Essencia da Fé. Mas a "igreja" fenômeno histórico é apenas uma agremiação que pode ser boa ou má. Por isto a Igreja vencerá, mas milhões de "igrejas" sucumbirão. Quem é de Jesus é Igreja, mesmo quando não está na agremiação que se corrompeu. Todavia, todo aquele que é Igreja porque é de Jesus com consciência histórica do significado espiritual da mutualidade e da comunhão sincera de amor humano, nunca deixa de se congregar, posto que mesmo fora da agremiação/igreja, nunca deixam de buscar vínculos humanos de fé. Igreja são dois ou três reunidos em Seu Nome. O que mais é Igreja?

6) O senhor se considera um crítico do modelo eclesiástico convencional (ou apenas das lideranças)? Quais são, a seu ver, suas principais deficiências do formato “templo/culto/liderança/administração eclesiástica”?
Resposta:
Não sou critico apenas do "modelo". O "modelo" é resultado do "conteúdo". Portanto, é a perversão do Evangelho puro e simples de Jesus que gera esse modelo anti-humano, anti-amor, anti-sinceridade, anti-verdade, anti-solidariadade, anti-cristo - no sentido de que é contra o espírito do Evangelho de Jesus.
O problema não é o Templo e nem o modo, mas o conteúdo da "mensagem". É aí que está a morte de tudo. Onde quer que haja Evangelho tudo fica à serviço dele. Mas até hoje não me entenderam. Quem sabe um dia...

7) O chamado fenômeno dos "desigrejados" tem crescido muito no Brasil. Além de comunidades e congregações cristãs de perfil mais alternativo, aumenta sem parar o número de grupos de crentes que, por afinidade etária, cultural ou outros interesses comuns - como aquela crítica à qual já nos referimos - preferem congregar apenas entre si, nas próprias casas ou em espaços que nada têm a ver com o modelo convencional de igreja. Esse crescimento é atestado pela quantidade de livros e teses sobre o assunto e pelos debates que têm provocado. Como o senhor enxerga o ganho de espaço por parte deste movimento e no quê ele representa uma “ameaça” à hegemonia das igrejas convencionais?
Resposta: 


Os "desigrejados" que se reunem em pequenos grupos de amor são de fato os igrejados. Desigrejado, do ponto de vista do Evangelho, é esta massa levada pelo sistema perverso das instituições das franquias de "Deus", e que se tornaram piores para o Evangelho dos os demonios e o diabo. As "igrejas/agremiações" continuarão... Sempre haverá público e necessidade pagã de um grande Templo. São as Piramides do Cristianismo. Entretanto, se ainda houver uma revolução do amor de Deus no mundo pela expressão explicita do povo/igreja, esta será atraves de milhões de pequenos grupos, de amor singelo, de pregação com a vida, e mediante a prática da existência de serviço humilde. Jesus disse: "Eu vos dei o exemplo". E mais: "Se vocês se amarem, o mundo crerá que fui enviado". O mais é esacândalo contra a simplicidade do Evangelho e contra os ensinos e modos de Jesus, o Mestre e Senhor. Ora, como meu compromisso é com Ele, não tenho alma a doar a qualquer imitação.

8. No Caminho e também nas mídias sociais e virtuais onde o senhor atua ministerialmente, quais são as principais queixas e demandas de ex-membros de igrejas em termos de aconselhamento?
Resposta: 


Hipocrisia extrema, promiscuidade indizível, roubo explicito, velada apropriação indébita, abusos que vão do sexual ao psicológico, ameaças de morte via maldição e suspeção da "cobertura espiritual", total falta de expressões de bondade e altruísmo, e, portanto, completa entrega ao materialismo e ao estelionato. Além de tudo a maioria se queixa das Disnatias Eclesiásticas; ou seja: aos muitos "papados evangélicos". Ora, há muito mais. 
Mas essas são as queixas mais recorrentes!
Caio

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Para que serve a Igreja?


O mundo religioso tem seu mais novo personagem: o evangélico não praticante. A informação aparece nos resultados das últimas pesquisas realizadas pelo Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais(Ceris) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pela reportagem O novo retrato da fé no Brasil, publicada na edição 2180 da revista ISTOÉ, de agosto último.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Vinagre

Em Mt 9.17, Jesus disse que para um vinho novo, um odre novo.


A estrutura, portanto, tem de estar adequada ao conteúdo, de modo a não atrapalhar a expansão do vinho.


Muita gente acha que é isso que está acontecendo: a estrutura está atrapalhando o evangelho.


Daí, há quem esteja propondo o fim da instituiçáo, para liberar o evangelho, o vinho, para que este se expanda saudávelmente.


Entretanto o problema, hoje, é que o vinho está se tornando vinagre!


Quando o vinho se torna vinagre, que mudança de estrutura, que desinstitucionalização dá jeito?


Mudamos de vinicultor, de Javé para Mamon.


Da cultura do desapêgo, para a cultura da acumulação.


E por que a gente não protesta contra a vinagrização do vinho?


Porque esta geração tem se caracterizado por gostar de tempêro. Quanto mais superficial, melhor!


Nosso problema não é construir novo odre, é voltar para o antigo Vinicultor.

Por Ariovaldo Ramos

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os Desigrejados

Quem se agrega ao Noivo não pode deixar de congregar com a Noiva
 
A primeira vez que ouvi falar dos desigrejados fiquei um pouco confuso. De início, supus tratar-se dos sem-igreja. Afinal, há milhões de pessoas que ainda não foram alcançadas pelo Evangelho. É só abrir a cortina da janela 10 x 40, para visualizar povos, nações e tribos que suspiram por Deus. Em seguida, pensei num outro grupo: os sem-templo. Pois existem muitas comunidades cristãs, principalmente nas regiões ribeirinhas e nas caatingas, que lutam com dificuldades ingentes para construir seus locais de adoração.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Não deixemos de congregar-nos - Por Augustus Nicodemus




Livro: Dissidentes da Igreja

Eles não são desviados, pois em sua maioria não voltaram à pratica do velho homem. Na verdade, eles são dissidentes da igreja, pessoas que não concordam mais com o formato da igreja que a acompanha em toda sua história. São cristãos que agora passaram a acreditam que os apóstolos, os pais da igreja, os reformadores, teólogos da igreja moderna e pós-moderna, enfim, todos os cristãos dos últimos 20 séculos estiveram enganados em relação à igreja organizada, afirmando que ela não é necessária, mas apenas uma ideia de homens.

Hoje eles dizem crer em Jesus e não na igreja, e no geral, mantém uma distância segura em relação à igreja. O livro Dissidentes da Igreja trata sobre essa questão, buscando mostrar alguns dos motivos que levam tantas pessoas a se tornarem desigrejadas e defendendo a igreja, mesmo que essa nunca tenha sido verdadeiramente indiciada.

Por Alan Corrêa

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Evangélicos estão menos vinculados às igrejas

O crescimento do número de evangélicos no país foi acompanhado pela expansão dos fiéis que transitam por mais de uma igreja ou que não têm vínculos com nenhuma instituição.
O fenômeno, observado por pesquisadores da área, foi detectado também pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou em junho dados do Censo 2010 sobre a religiosidade dos brasileiros.
'Brasil se renderá aos pés de Jesus', diz apóstolo da Renascer em marcha
Católicos passam de 93,1% para 64,6% da população em 50 anos
Piauí é o Estado mais católico; Rondônia, o mais evangélico
A pesquisa mostrou que, ao serem questionadas sobre sua religião ou culto, 9,2 milhões de pessoas (4,8% da população) responderam simplesmente ser evangélicas, sem citar nenhuma igreja específica. Em 2000, foram pouco mais de um milhão.
Como os recenseadores não fazem perguntas adicionais, não é possível saber se de fato todo esse contingente frequenta mais de uma igreja, se frequenta só uma ou não frequenta nenhuma.
"A oferta de igrejas aumentou muito, e elas já não exigem aquela adesão irrestrita do passado", diz Edin Sued Abumanssur, do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP.
O demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, aponta ainda que, atualmente, parte dos evangélicos já não frequenta nenhuma igreja.
"Assim como há os católicos não praticantes, hoje existem os evangélicos não praticantes", compara.
Para explicar o fenômeno, há várias hipóteses: desde a decepção dos fieis com a igreja que frequentavam até os custos elevados da vida religiosa, passando pelo aumento do individualismo e pela busca por mais autonomia.
Ao mesmo tempo, tem se tornado mais comum a tentativa de evangélicos de ocupar o espaço público. "É algo relativamente recente, porque eles sempre foram minoria. Agora que estão tendo mais expressão, querem obter mais visibilidade", diz Abumanssur.

Fonte: Folha de SP - Julho/12 

Proporção de desigrejados divulgado na Folha de SP


O número de evangélicos que não mantêm vínculo com nenhuma igreja cresceu, informa reportagem de Antônio Gois e Hélio Schwartsman, publicada na Folha desta segunda-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
'Trocas' de igrejas são comuns em favela na zona sul do Rio
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, eles passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, um salto de 4 milhões de pessoas.
Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e alta dos sem religião e neopentecostais.
No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%. Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio "blend" de crenças --o que reforça a tese da desinstitucionalização.




Divulgado em 15/08/2011

Afinal, o que é um desigrejado?

 Bem, parece fácil, mas não é, é muito difícil definir um desigrejado, a maioria dos que poderiam ser classificados como tal, não sabem do que se trata. Ainda não há critérios claros, e poucas pesquisas especificas sobre o assunto, contudo algo com certeza pode-se dizer a respeito, não é um grupo homogêneo.

A que isto se deve? A princípio porque o fluxo de pessoas que saem das igrejas não são tão eficazmente controlado como os que entram, poucos pastores sabem onde está a porta de saída, na realidade poucos querem saber, e isto não costuma ser a prioridade dos ministérios.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cuidado! Alguns dos desigrejados são lobos disfarçados de ovelhas

Existem desigrejados que assim se tornaram porque foram feridos na batalha. Existem desigrejados que se machucaram na caminhada, existem desigrejados que assim se tornaram porque não eram dos nossos, agora, existem desigrejados, que se fazem de desigrejados, por que nao querem se submeter a ninguém. Tais pessoas, relativizaram a comunhão dos santos, sao avarentos, mestres de si mesmos, soberbos, orgulhosos, estão sempre certos e nunca errados, ridicularizam a igreja demonstrando com isso que nunca nasceram de novo. Tais pessoas são movidas por falsas percepções doutrinárias, estão perdidas em sua própria apostasia, caminhando a largos passos para a condenação Eterna.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A maioria dos jovens que abandonou a igreja avalia: " É um lugar hostil e cheio de julgamento. "

 
Por que metade dos jovens cristãos abandona a igreja antes de atingir a maioridade? Uma nova pesquisa do Grupo Barna tem algumas possíveis respostas. A maioria dos jovens vê a igreja como um lugar pouco amigável e cheio de julgamento. As principais críticas são por acharem que a Igreja em geral é:

Entrevista John Piper sobre desigrejado


Outro movimento teológico que cresce no Brasil é o dos chamados "cristãos cansados da igreja": pessoas que foram feridas por pastores, membros, hierarquias, liturgias e instituições e que, por isso, defendem o exercício da fé cristã fora das estruturas eclasiásticas tradicionais. Como devemos responder a esse fenômeno, como indivíduos e como comunidade de fé?

 É impossível seguir o Senhor Jesus sem amar o seu povo. A apóstolo João disse que sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos – e que quem não ama, permanece na morte (I João 3.14). O olho não pode dizer para a mão que não precisa dela. Assim, mesmo que uma pessoa abandone uma igreja institucional, o espírito de adoção vai conduzi-la a outros crentes em Jesus. E, mais cedo ou mais tarde, essa comunhão vai desenvolver algo como “estruturas eclesiásticas” institucionais. A Bíblia regulamenta a igreja por meio de presbíteros e diáconos, conforme I Timóteo 3. Algo parecido com isso vai surgir, a menos que a referida comunhão se retire da Palavra de Deus e do amor.

E qual é a atitude cristã correta em relação a esses que se afastaram?
Deveríamos nos arrepender em amor dos pecados que eventualmente tenham afastado essas pessoas e estabelecer reformas que removam todos os tropeços antibíblicos. E, então, deveríamos, com toda humildade, tentar trazê-los de volta.

Fonte Cristianismo Hoje

Desigrejados, um exemplo a ser seguido?

Um pastor renomado no cenário paulistano, declarou que os desigrejados são um exemplo para quem congrega em igrejas tradicionais. A afirmação é controvertida e desanimadora pra quem como eu acredita na Igreja. Ao afirmar que a enormidade de pessoas que não congrega na igreja tradicional (formalmente) está correta em suas posturas antiliderança (ele chama isso de rejeitar os desmandos das estruturas de poder eclesiástico) o nosso amigo aí, avaliza o modelo de igreja sem um líder formal.
 Isso no mínimo é perigoso, visto que o modelo de Igreja de Atos por exemplo nos mostra pastores coordenando a Igreja, abrindo eleições para diaconato, ajudando o povo a se organizar para que haja igualdade e institucionalizando o que não dá pra permanecer informal, senão vira bagunça.

EU ACREDITO NA IGREJA



Tenho percebido uma coisa, há um clima de pessimismo passeando pelas penas argutas dos teólogos brasileiros. Livros, sites, blogs todos encarnam a Teologia da desilusão.
Falando mal da igreja muitos desses pensadores são aclamados, celebrados, cultuados pelo nosso pequeno público literário cristão. Aos que não leem, tem ainda a opção de ouvirem mensagens recheadas de ressentimento e decepção acerca das frustrações que a Igreja lhes proporcionou.

Ao que parece as pessoas decepcionadas com o sistema "mundano" no qual algumas denominações eclesiásticas enveredaram com seus líderes inflamados de ego, identificam suas mágoas através dos escritos destes homens feridos pela instituição, o grito de suas almas faz coro com esses pensadores. Bem, o fato é que tudo isso tem feito mais mal do que bem.

Motivos para abandonar a igreja

Hoje muitas pessoas querem Jesus mas não querem a Igreja. A igreja institucional passou a ser alvo de gente que não acredita mais na sua importância e muito menos que ela seja um plano Divino para o homem.
Ainda existe o outro lado, pessoas que querem a igreja mais do que tudo.

É bem verdade que o exclusivismo de algumas denominações fizeram com que os seus membros hasteassem mais a bandeira da denominação do que a de Cristo.

Hoje é fácil encontrar pessoas que são mais batista que cristão, mais presbiteriano que cristão, mais assembleiano que cristão e assim por diante.

OS SEM-IGREJAS


Livro discute a diminuição da experiência religiosa em comunidade
É notório o crescimento no número de cristãos evangélicos no Brasil. Em contrapartida, a experiência comunitária na Igreja vem perdendo adeptos, o que gera um fenômeno chamado de “os desigrejados”. Com o intuito de tentar compreender esse fenômeno e de resgatar a importância da comunidade religiosa na vida dos cristãos, Nelson Bomilcar escreveu o livro Os Sem Igreja (Editora Mundo Cristão).

A obra apresenta um diagnóstico preciso da Igreja evangélica brasileira e a necessidade do resgate de suas características mais centrais. O autor, pastor experiente, músico e compositor, acumulou um rico conhecimento sobre o assunto ao longo de suas viagens por todo o país, combinado aqui com sensibilidade e biblicamente fundamentado.

Nos capítulos que compõem Os Sem Igreja, encontram-se confissões, testemunhos e perspectivas diferentes a respeito do exercício de ser comunidade cristã, expondo suas variadas formas. Sobretudo, há uma reflexão bíblica interessante e necessária sobre o desafio do viver comunitário contemporâneo e as implicações da obediência a Cristo.

“Ao viver em grupo, descobertas acontecem, mas nem todas as descobertas são agradáveis e nem todo crescimento é positivo. A igreja é feita do ajuntamento de seres humanos — como isso poderia dar certo?”

Os Sem Igreja trata de tudo isso, com uma linguagem ao mesmo tempo leve e realista. É uma obra que discute as ambiguidades humanas e suas e impotências, levando em conta que a questão da revitalização da Igreja não é um problema do outro, mas um desafio a cada um que reconhece sua importância.

Sobre o autor: Nelson Bomilcar é músico, compositor e pastor. Trabalha com o Instituto Ser Adorador, mentoreando comunidades locais e pastoreando lideranças e músicos pelo Brasil. Fez seus estudos teológicos na Faculdade Teológica Batista, na Faculdade Metodista de São Paulo e no Regent College, em Vancouver, Canadá. Apresenta o programa “Sons do Coração” na rádio Transmundial e é articulista da revista Cristianismo Hoje e do portal de arte Cristianismo Criativo. É casado com Carla e pai de Karen e Nathan. Congrega na Igreja Batista da Água Branca e no No Name (pequeno grupo).

Fonte: Assessoria Lilian Comunica

Cristãos sem igreja! Será possível entender isso?


Apesar de tantas perseguições, divisões e muitas heresias destruidoras e do grande progresso tecnológico e científico, a igreja de Cristo continua viva e forte no mundo de hoje. A verdade é que milhões de pessoas estão se convertendo a Cristo anualmente em todo o mundo, especialmente no Brasil. Apesar disso, as lutas externas e internas da igreja são inúmeras. Dentre os diversos problemas que afligem a igreja de hoje destaca-se a onda do “cristianismo sem igreja”.

Na realidade, algumas das tendências

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Igreja: ser e pertencer

Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. O crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010, foi um dos destaques do cenário religioso.  A pesquisa indica também o aumento dos que se declararam sem religião, que chegam a 8%, ou 14 milhões de pessoas.

 O fato curioso foi que número de evangélicos que não mantêm vínculo com nenhuma igreja cresceu. Segundo o IBGE, passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, somando agora 5,4 milhões de pessoas. Parece que vivemos dias quando o velho ditado “Cristo, sim, Igreja não”, embora uma contradição de termos, volta a ganhar popularidade. A palavra grega “ekklesia”, traduzida como “igreja”, aparece 114 vezes no Novo Testamento. Destas, 5 vezes indicam o que alguns teólogos chamam de “igreja universal”, o corpo de Cristo que reúne todo o povo de Deus na história, desde Abraão aos nossos dias; 95 vezes fazem referência à igreja local (que está em

Desigrejados e decepcionados com a igreja

Minha mãe me ensinou desde criança uma lição: “Nunca crie expectativas altas demais, porque se o resultado for mediano, você vai se decepcionar. Já se sua expectativa for baixa e o resultado for mediano, você ficará feliz”. A lição de minha mãe nada mais é do que um mecanismo para evitar a decepção. O desapontamento. A frustração. E o maior deles seria não esperar demais de nada nem de ninguém. Eu acreditei nisso por muitos anos. Mas hoje vejo que ela estava errada. E já explico o porquê.
Quando uma pessoa passa a frequentar uma igreja, ela cria uma expectativa.

A Igreja é nossa mãe

A ligação forte dos cristãos com a igreja institucional é um conceito que em muito foi perdido no Brasil de nossos tempos. Afinal, somos livres agentes da fé. Somos consumidores de ministérios. Somos frequentadores da igreja da nossa escolha. Pertencemos só em parte. Vivemos uma nova onda de desigrejados, pessoas que confessam Cristo como Senhor e Salvador, mas se sentem perfeitamente confortáveis em não pertencer a qualquer igreja, porque “a instituição não presta”. Vamos pensar um pouco sobre isso, pois o que muitos não enxergam é que a ligação estreita com a igreja é, consequentemente, uma ligação estreita com Deus.

Pichações e janelas quebradas gospel

Há uma força social que corre em paralelo à vida cotidiana das grandes cidades. É uma corrente que fica abaixo da superfície. Como um esgoto que ninguém vê, mas que, vez por outra, em função de algum vazamento, faz a sua presença sentida por meio de um cheiro fétido. Choca, interrompe e nos força a perguntar sempre: “De onde vem isso?” Sabemos. Só não queremos ser lembrados que por baixo de todo este mundo “normal” há um submundo que flui e faz parte do nosso universo.

Essa força social é anárquica. É a força da entropia,

Desigrejados sim, desviados não!

Acredito ter sido o primeiro a usar a expressão “desigrejados”. Estava em busca de uma palavra que expressasse a condição de muitos cristãos de nossos dias, daí surgiu esse neologismo. Aqui nos Estados Unidos, cunhou-se a expressão “churchless” para designar esta enorme massa de crentes que deixaram os currais denominacionais para servirem a Deus em seu próprio ambiente doméstico.

Tempo para igreja

Estamos vivendo em uma sociedade sem tempo, está cada vez mais difícil conseguir um dia livre para o descanso e conseqüentemente para participar dos cultos regulares na igreja. Como prova disto a multiplicação dos cultos on-line.

Há algum tempo foi criada uma lei que autoriza os estabelecimentos comerciais trabalharem aos domingos, muitas empresas também tem expedientes produtivos aos finais de semana, infelizmente perdemos a cultura do final de semana do período de descanso.

Os Desigrejados

Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.


Deus me livre de Igreja!?

No início da história da igreja, havia uma supervalorização da instituição. Séculos depois, tudo mudou. Hoje, para muitos, pouco importa fazer parte de uma igreja. Estamos vivendo a época da “desconexão institucional”.

Dia após dia, mais pessoas saem da igreja sem pressa para regressar e, infelizmente, saem apenas com a passagem de ida, não pretendem retornar, preferem se esquecer do caminho de volta.
As razões para tantos dissidentes da igreja são diversas. A verdade é que sempre haverá motivos para manter uma distância segura da igreja. Mas, graças a Deus, as razões para permanecer são maiores e até inegociáveis!

Se fizermos uma avaliação livre de conceitos preestabelecidos vamos concordar que a igreja ainda é um lugar bom de estar, apesar de tudo (e, principalmente, apesar de mim). Como disse o escritor Bruce Shelley, “a Igreja é como a arca de Noé: se não fosse a tempestade lá fora, não seria possível suportar o cheiro dentro dela”.