sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
EU ACREDITO NA IGREJA
Tenho percebido uma coisa, há um clima de pessimismo passeando pelas penas argutas dos teólogos brasileiros. Livros, sites, blogs todos encarnam a Teologia da desilusão.
Falando mal da igreja muitos desses pensadores são aclamados, celebrados, cultuados pelo nosso pequeno público literário cristão. Aos que não leem, tem ainda a opção de ouvirem mensagens recheadas de ressentimento e decepção acerca das frustrações que a Igreja lhes proporcionou.
Ao que parece as pessoas decepcionadas com o sistema "mundano" no qual algumas denominações eclesiásticas enveredaram com seus líderes inflamados de ego, identificam suas mágoas através dos escritos destes homens feridos pela instituição, o grito de suas almas faz coro com esses pensadores. Bem, o fato é que tudo isso tem feito mais mal do que bem.
Sinto decepcionar algumas pessoas que talvez desejassem que eu usasse minha desilusão com as instituições para falar mal da igreja. Acontece que creio na Igreja.
Creio na Igreja como algo sobrenatural, que está além de preceitos e conceitos humanos.
Creio na Igreja viva, aquela que tem como cabeça Jesus e cuja as ações são dirigidas pelo Espírito Santo de Deus.
Creio na Igreja em que a Palavra predominante é de Deus e não de homens.
Creio na Igreja que nos faz desenvolver amor e tolerância pelo próximo, em um exercício de suportar as cargas uns dos outros e aceitar cada um em sua individualidade. Portanto, creio na Igreja que começa em mim e se estende até aquele que me acompanha na caminhada, sem necessariamente concordarmos em tudo, e daí peço licença para citar Agostinho “Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade”.
Também tenho minhas tristezas em relação ao que o meio chamado Evangélico se tornou, mas acredito que Igreja é algo além disso. Jesus disse: “Sereis conhecidos pelo fato de vos amardes uns aos outros” esta marca é inconfundível, onde houver pessoas lutando para permanecerem em amor o Espírito do Senhor estará operando ali. Não sabemos amar como convém, Deus em nós opera o amor que nos faz agirmos de maneira diferente.Longe dessa comunhão amorosa com o Pai não teremos salvação.
Por fim, agora citando um senhor do interior do estado do Ceará que passeando com um jovem cristão avistou um grupo de pessoas reunidos em uma praça: “Olhe, um aglomerado de gente. Ou é culto, ou é comício”. Olhemos para as instituições e vejamos se é de Deus ou se é de Cezar. E tenhamos esperança, se ainda existem dois ou mais reunidos em nome de Jesus, então a Igreja ainda esta viva.
por João Eduardo Cruz
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