terça-feira, 11 de agosto de 2015

AS CONTRADIÇÕES DOS DESIGREJADOS


Tenho estudado o tema dos desigrejados e procurado entender o fenômeno, suas causas e suas consequências dentro do cenário protestante brasileiro.  No que tange ao comportamento de muitos desigrejados e simpatizantes, percebi um padrão que está relacionado com o modus operandi de alguns grupos. Esse modus operandi que será exposto abaixo evidencia algumas fragilidades, inconsistências e incoerências do movimento, revelando que, por mais que se tente não se consegue despir completamente qualquer movimento restauracionista de traços institucionais, pois, tais, são inerentes e inseparáveis das experiências dos ajuntamentos. Podemos, portanto, apontar algumas expressões institucionais presentes no movimento dos desigrejados, revelando, com bom humor, algumas das contradições e das armadilhas que cometem e caem:

1 – Em uma reunião de desigrejados, há sempre alguém que dirige a mesma.  Geralmente, é o que detém, senão o monopólio, ao menos a primazia da palavra. É o mestre do grupo. Na prática é o pastor. Outros do grupo fazem algumas contribuições; contam algumas experiências; leem alguns versículos, trazem, uma vez ou outra, uma mensagem, mas a abordagem principal é daquele que tem a capacidade do ensino e da pregação. Igual nas igrejas convencionais. Compare os grupos; visite-os, assista-os na internet. O líder dos desigrejados são os que mais falam, ensinam e abordam. Há uma diferença: não são chamados de pastores, e sim de "irmão", "mentor" ou pelo nome mesmo, mas trata-se apenas de rejeição didática da nomenclatura "pastor", pois, na prática, e na dinâmica do trabalho, se comportam, agem e reagem como os pastores que conhecemos.

2 - Criticam a institucionalização da igreja, mas dão nomes aos seus projetos: EQUI (Eu Quero Uma Igreja), Caminho da Graça, Igreja Orgânica, Igreja nos Lares e etc (qual a diferença para outros nomes, como Nova Vida, Assembleia de Deus, Metodista e etc?). Tais projetos estão sistematizados (possuem encontros em dias, horários e locais marcados; estudos dirigidos que constroem o arcabouço teórico do movimento; publicam livros e artigos em sites), pois a institucionalização é inevitável aos ajuntamentos humanos.

3 -  Criticam as reuniões regulares nos templos religiosos, mas se reúnem via Skyp (hangouts), em sítios, cafeterias, salões, varandas e etc.

4 – Alguns desenvolvem espírito de Seita, pois alegam que as pessoas têm que "sair do sistema" (sair da igreja), para encontrar "o verdadeiro evangelho", ou, no melhor estilo da linguagem caiofabiana: "discernir o evangelho".  Tenho apenas uma pergunta a fazer: E se alguém não sair? O que acontecerá? Não será salvo? Quem salva é Cristo? Ou a desigrejação é o que salva? Tenho que sair da Comunidade de fé que congrego para ser salvo? Sabemos, obviamente, que a resposta é um sonoro não. Quem salva é JESUS CRISTO. Seja você Batista, Presbiteriano ou seja lá o que for. O importante é a experiência com Jesus Cristo!

5 - Criticam os compromissos institucionais, mas reclamam daqueles que não querem participar das reuniões que realizam. Chegam a dizer que na época que eram institucionalizados "iam aos cultos segunda, terça [...] sábado [...], mas agora que estão livres, não querem se reunir". Ou seja, a mesma cobrança das igrejas institucionalizadas. De uma forma mais branda, mas, ainda assim, cobrança a uma forma de compromisso.

6 - Alegam que não seguem a homens (somente a Jesus), mas escolheram Caio Fábio, Mario Persona, Pedroza, Rubens, Paulo Brabo, Frank Viola como seus gurus espirituais.

7 - Rejeitam Calvino, Lutero, Zwinglio, alegando que não precisam de mestres humanos, mas devoram o que Viola escreve. Trocam de mestres humanos por outros mestres humanos, portanto!

8 - Dizem que basta o ler o Novo Testamento para entender a irrelevância da igreja contemporânea, mas precisam do "Cristianismo Pagão" para formularem suas teses desconstrucionistas e construir o "trilho básico" do movimento.

9- Criticam o sectarismo das igrejas, mas também o são: Rubem critica Caio, que já Criticou o pessoal do EQUI, que criticam o Rubem e o Pedroza. Por aí vai!


 É Importante Entender Que

1 - Há gente de Deus dentro das comunidades chamadas Batistas, Metodistas e Presbiterianas e afins. Na verdade, a maioria das pessoas cristãos que congregam são maravilhosas e servem a Deus. Tornando desnecessária a deserção. O apóstolo Paulo ao escrever aos Coríntios (1. Co 1.2) se dirige aos mesmos como "A Igreja de Deus que está em Corinto", mesmo como todos os problemas da mesma (divisão, pecados sexuais, litígio, desordem litúrgica, heresia, discriminação social, e etc), nunca defendeu o abandono da comunidade como solução.

2 - O problema não é o sistema, CNPJ, isto é, não é a instituição (ela neutra). O que corrompe é o coração do homem. E pode se estar dentro de uma grande denominação ou reunido com pessoas em uma varanda. No Éden eram apenas dois (Adão e Eva) e deu no que deu.  Além disso, as igrejas neotestamentárias, mesmo insipientes, lideradas pelos apóstolos, pequenas e funcionando em casas, não deixaram de enfrentar seus muitíssimos e graves problemas e que levaram, inclusive, apóstolos como Paulo, a escrever cartas para tratar de suas seríssimas demandas. Heresia em Colossos, legalismo na Galácia, agitação escatológica em Tessalônica, carnalidade em Corinto e etc. A própria Igreja Primitiva não ficou sem seus dramas e crises, efeitos inevitáveis dos ajuntamentos e de nossa pecaminosidade.

3 - Conheço um grupo de irmãos que saiu de uma igreja, organizou um núcleo de desigrejados, não demorando muito para aparecer a primeira crise, pois um sujeito deu em cima da mulher do outro. Deu confusão. Não adianta ser reunir em casas, sítios ou praias. O problema não é o lugar! Não adianta se reunir em número de dois, três, de dez ou mil: o problema não é quantidade de pessoas! O problema é a PECAMINOSIDADE HUMANA que nos acompanhará sejam em uma singela reunião em uma varanda com 05 pessoas ou em uma grande comunidade com ministérios de louvor, coral, pastores e etc. É muita ingenuidade dos desigrejados acharem que saindo das quatro paredes de um templo e se enfiando dentro das quatro paredes da casa de alguém que irão revigorar a fé das pessoas. A Trindade não é claustrofóbica ou oclofóbica. Não tem, portanto, medo de lugares fechados (templos, por exemplo) ou de multidões. Quem desenvolve tais sintomas são os desigrejados, não a Trindade!

4- A reunião pode ser em varanda com 05 pessoas e ser uma bênção ou com 1000 pessoas em templo chamado "Batista" e também ser uma bênção. Qual o problema? Jesus disse que onde houver "dois ou três". Ora, se é isso, qual o problema de 200 pessoas se reunirem um lugar chamado templo presbiteriano para cultuar? As 200 pessoas da hipótese não estariam diante de Cristo? Para Cristo estar presente a reunião tem que ser com poucas pessoas em uma sala, varanda ou sítio? Sinceramente não entendo a Cruzada dos desigrejados! A igreja verdadeira é a universal / invisível, a que é constituída por todos os que se encontraram com o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. Sendo assim, PROVEM -ME OS DESIGREJADOS QUE NÃO HÁ CRISTÃOS VERDADEIROS DENTRO DAS COMUNIDADES INSTITUCIONALIZADAS. OU SERÁ QUE OS DESIGREJADOS ACREDITAM QUE SOMENTE ELES ESTÃO SALVOS?

5 - Os Desigrejados dizem: "a verdadeira igreja não são as quatro paredes do templo, mas sim nós, os cristãos": Nossa! Que novidade extraordinária!!!  Disso sei há mais de 20 anos, quando me converti. Até as crianças aprendem isso na Escola Dominical! Não precisamos do panelaço dos desigrejados para saber o que o Novo Testamento há mais de 2000 anos ensina. Estou na mesma denominação há 21 anos. NUNCA, NUNCA, NUNCA e NUNCA ouvi meus pastores afirmarem que o verdadeiro templo do Espírito Santo são os quatro paredes. NUNCA! Sempre disseram que a verdadeira igreja somos nós. E que o templo é apenas o lugar onde os irmãos se encontram para adorar coletivamente. Sempre disseram que devemos viver o Evangelho em casa, na vizinhança, no trabalho, na faculdade e no seio da família. Que devemos adorar a Deus em casa, ler a Bíblia e orar em casa, assim como em todos os demais lugares. Os dias de reunião é a ocasião de Celebração coletiva. Apenas isso!

6 - O problema não é dos igrejados para com os desigrejados. E sim dos desigrejados para com os igrejados. Para mim, se não tomarem o cuidado, produzirão espírito de Seita, ao insistirem no esquema “saia da igreja para encontrar a Deus”. Há desigrejados dizendo isso. A história da igreja prova o quão estão errados.

Artigo produzido por Idauro Campos

Idauro Campos é autor do livro “DESIGREJADOS – TEORIA, HISTÓRIA E CONTRADIÇÕES DO NIILISMO ECLESIÁSTICO”,

13 comentários:

  1. 1.Já é um erro denominar a igreja do Senhor,pois,o único nome que ela deve tomar é o de Jesus(MT.18.20),mas hoje a placa denominacional é mais valorizada do que o nome dele.

    2.As denominações surgiram como resultado de divisões internas (a historia confirma isso)e continuam dividindo os crentes,pois os próprios lideres fazem os seus membros pensarem que são melhores do que os de outras igrejas,além de muitas vezes nem darem carta de mudança quando estes saem para outra denominação. A igreja de Cristo não é uma só?(EF.4.4).

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  2. 3.A maioria das denominações vivem a lei de Moisés e não o evangelho de Jesus Cristo.Não percebem que a lei é uma coisa e o evangelho é outra(JO.1.17)assim como Israel e igreja são duas coisas distintas (RM.11.7), por isso aplicam a lei mosaica á igreja ,o que veremos a seguir.

    4.Dízimos.O dízimo é uma ordenança da lei para Israel,não para a igreja (HB.7.5;NM.18.21,25) A quem Malaquias está se dirigindo no capítulo 3? É claro que é a Israel (ML.3.9).Mas alguém pode dizer que o dízimo é antes da lei, pois Abraão e Jacó deram o dízimo (GN.14.18-20;28.20-22). Na verdade é,mas não como um mandamento divino.Em ambos os casos está claro que eles decidiram dar por iniciativa própria (não foi Deus quem mandou). E mais,no caso de Abraão,ele só deu essa vez e nunca mais. Diferente de hoje que ,se dá mensalmente.E no caso de Jacó,foi um voto que ele fez. E a Bíblia não mostra Isaque, José,ou qualquer outro santo que viveu antes da lei ,dando dízimos.Ou pode dizer que Jesus mandou dar o dízimo em MT.23.23 e LC.11.42.Todavia ele estava falando para os fariseus que eram judeus e viviam na lei,e não para os seus seguidores (GL.3.10,13). Além de ser para sustento da tribo de Levi que,não tinha herança em Israel,o dízimo era também para sustento dos necessitados (DT.26.12).
    Não há nenhuma referência bíblica de que havia dízimos na igreja primitiva.O que havia era ofertas para a assistência dos irmãos nas suas necessidades(AT.11.29;1CO.16.1-3;2CO.9.1,2,7-9;1TM.5.16). Isso prova que dízimo não é mandamento para os cristãos.

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  3. 5.Templos.Os pastores usam Hebreus 10.25 para pressionarem os crentes a freqüentar os templos de suas denominações,mas o que o verso está dizendo é que os cristãos não vivam isolados,eles devem reunir-se para edificação mútua.Além do mais,o escritor não está dizendo para congregarmos num templo,até porque,nesse tempo,a igreja nem sequer tinha um. Há o argumento de que Jesus e os primeiros cristãos freqüentavam o templo(MT.21.12;AT.2.46;3.1) e por isso,temos que freqüentar também.Porém,há um detalhe que não é considerado por muitos:Eles só iam a um templo,o de Jerusalém,o centro da adoração de Israel,ele fazia parte do culto dos judeus e,devemos lembrar que,tanto Jesus como os primeiros cristãos eram judeus.Todo judeu ia ao templo,pois isso fazia parte da vida religiosa deles. Já a igreja primitiva não fazia seus cultos no templo.Os cristãos iam lá para pregar para os judeus(AT.5.19-21,42)e por causa disso ,os líderes religiosos dos judeus os mandavam prender(AT.4.1-3)e até açoitar(AT.5.40).Se os líderes religiosos os proibiam de ensinar no nome de Jesus(AT.4.17,18;5.28)é ingênuo achar que eles tinham liberdade de fazer seus cultos no templo.O mesmo acontecia nas sinagogas que também eram locais de reuniões dos judeus(JO.18.20;AT.13.5)lá era ensinado o antigo testamento(AT.13.15;15.21)e lá também os cristãos era hostilizados(AT.9.19-23;14.1-6).O templo de Jerusalém era o local escolhido por Deus para a adoração de todo o Israel(2CR.7.16),porém Jesus disse à samaritana que agora não importa mais o local da adoração e, sim a atitude do adorador(JO.4.22-24). A igreja primitiva não tinha templos,congregavam-se nas casas(AT.12.12;RM.16.3-5;CL.4.15;FM.v.2).E quando dizem que eles não construíam templos por causa da perseguição, é porque não notam esse versículo:(AT.9.31)ou seja,houve tempo em que não havia perseguição e ,mesmo assim ,não construíram templos,continuaram nas casas. A igreja passou 300 anos congregando assim até que se corrompeu influenciada pelo imperador romano Constantino que,dizendo-se cristão começou a trazer as crenças e práticas pagãs para a igreja,inclusive os templos,e o resultado de tudo isso foi a igreja católica apostólica romana com toda a sua idolatria.Mais tarde, a reforma iniciada por Martinho Lutero foi insuficiente,pois a pratica de se reunir em templos continuou entre os reformadores e permanece até hoje no meio evangélico.Isso mostra que o costume das igrejas de congregar em templos veio do paganismo.

    6. A má aplicação do ditado bíblico:Digno é o obreiro de seu salário(LC.10.7).Na verdade, a bíblia dá respaldo para que obreiros vivam do evangelho(1.CO.9.4-6,14;GL.6.6;1TM.5.17,18),mas vamos ver,segundo a bíblia,o que é o salário do obreiro:Em LC.10.1-7,Jesus manda seus discípulos pregar nas cidades e diz-lhes para não levarem provisão para a viagem(v.4),pois na casa que os recebessem, eles teriam comida e bebida (v.7),e em MT.10.10 que fala da mesma situação,em vez de salário,está escrito alimento.
    Aqui está claro que o salário do obreiro é o suprimento de suas necessidades básicas.(comparar com 1CO.9.4 e FP.4.16).Ainda assim o apóstolo Paulo disse que abria mão desse direito para não servir de tropeço ao evangelho(1CO.9.12).Já os pastores de hoje tiram altos salários para manter uma vida de luxo,enquanto que algumas de suas ovelhas não tem nem o que comer em casa.O próprio Paulo condena isso em 1TM.6.5-10).

    Portanto,abandonemos esse sistema corrupto de igrejas-empresas e voltemos ao verdadeiro evangelho praticado pelos primeiros cristãos.

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  4. Caro Allan Corrêia,

    Vejo que tem se empenhado para analisar este Mover de Deus, levando a Igreja de volta as suas origens.Agora mim responda a luz das escritura estes 6 pontos e ficarei grato. ATT. Solon Mariano

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  5. "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (João 4:23) Assim, creio que não há uma forma pré-definida, como querem alguns, mas sim uma essência pré-definida, como disse o Mestre e como foi repetido em inúmeras vezes por seus apóstolos.
    Tal ênfase é motivada por diversas coisas, dentre elas por um desejo sincero de viver o Evangelho de uma forma mais simples, menos "profissional". Creio que este é o problema que se pretende resolver: muitas igrejas, que compõem a Igreja como o senhor diz, se tornaram centros de "especialistas em liturgia e culto cristão", onde, por exemplo, "assiste-se ao culto" ao invés de "participar do culto"; onde as relações humanas tornaram-se restritas ao âmbito religioso; onde a aparência é maior que a essência. Este é o problema.
    De fato, Deus preservou a Igreja até hoje em dia. Mas isso não significa que ela não precise de restauração (e não apenas algumas "melhorias"). Com Lutero, foi restaurada a Palavra; com o avivamento da Rua Azuza, o Batismo no Espírito Santo e os dons espirituais. Que a Igreja (composta por igrejas) esteja atenta, porque antes do fim ela passará por uma derradeira restauração, levando-a ao padrão bíblico novamente, do qual ela jamais deveria ter se afastado.
    Graça e Paz!

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  6. Um fato que vem ocorrendo nos últimos anos deveria ser ao menos merecedor da nossa reflexão.

    Seria ele um dos indicativos de que o arrebatamento da Igreja está próximo?

    São inúmeros os crentes que estão se reunindo em pequenos grupos em lares. Este é o fato apresentado.

    Seria isto resultante de uma ação preventiva do Senhor Jesus, em relação à Igreja de Filadélfia, que é assim descrita por Ele no livro de Apocalipse:

    “… tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” (Apo 3.8)

    Em conseqüência dessa fidelidade e diligência de Filadélfia, lhe é feita a seguinte promessa pelo Senhor:

    “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.” (Apo 3.10)

    Seria por tal método do Espírito Santo de se preservar Filadélfia da grande apostasia da Igreja Institucional, que se encontra em curso desde meados do século XX, e que tem se intensificado em nossos dias, o segredo da fidelidade desta Igreja à Palavra do Senhor, nestes dias difíceis?

    Os apóstolos do Senhor profetizaram que nos últimos dias não se daria ouvidos à sã doutrina e que haveria líderes religiosos escarnecedores na própria Igreja de Cristo.

    Filadélfia seria esta Igreja que é separada do meio daqueles que rumam em direção à apostasia, e que se encontram satisfeitos e acomodados na Igreja apóstata de Laodicéia, que se considera “rica e abastada e que não precisa de cousa alguma”?

    Separada para ser bênção para a própria Igreja de Laodicéia, chamando-a ao arrependimento, pelo seu bom testemunho de prática da Palavra, e de fidelidade e honra ao grande nome do Senhor?

    Filadélfia não é constituída por meros ouvintes de sermões ou cantores de louvores, mas por pessoas que procuram permanecer na doutrina dos apóstolos e na comunhão dos santos, do mesmo modo que viviam os crentes da Igreja Primitiva. Negam a si mesmos, mas não o Seu Senhor e Palavra.

    E uma coisa que têm em comum com os crentes primitivos, é que eles não se reuniam em templos, mas em lares, e isto por cerca de 300 anos, até que viesse Constantino.

    Tal modo de reunião em lares já prevalece em países da Ásia, há vários anos, especialmente na China e na Índia, mas há cerca de 15 anos vem aumentando muito no chamado mundo Ocidental.

    É importante lembrar que a grande apostasia da Igreja Institucional, culminará na formação da grande igreja mundial que apoiará o governo do Anticristo.

    É preciso portanto cultivar uma vida santa e vigilante, sobretudo em nossos dias.

    Todavia, esteja num templo ou num lar, é possível viver como um crente de Laodicéia ou de Filadélfia.

    Esta condição não é definida pelo modo e local de reunião dos crentes, mas pelo seu modo de vida.

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  7. Bem fariam principalmente os líderes que ministrando em templos, o fizessem como se estivessem num lar cuidando da sua família. A família de Deus. O rebanho de Cristo, que deve ser apascentado em comunhão, longanimidade, disciplina e amor. cuidado não estas igualmente a Paulo lutando contra o que Deus deseja realizar a Igreja nestes últimos dias!!!

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  8. Se há um “argumento teológico” por trás da prática de reunir-se nos lares certamente este argumento não seria o de que as casas são “o único lugar autorizado e bíblico” para as reuniões da Ekklesia, e sim o de que na Nova Aliança já não existem mais locais sagrados e especiais para reuniões, o que torna biblicamente injustificada a prática de se gastar tanto dinheiro na construção e manutenção de uma estrutura física que consome a maior parte dos recursos financeiros da Igreja. ↩
    A formação acadêmica não representa necessariamente um problema, desde que se entenda que o que forma um mestre do Reino não é o seu diploma teológico e sim o seu dom natural. Mestres são reconhecidos e estabelecidos na Igreja por naturalmente operarem no dom de ensino, e não pelo reconhecimento de uma instituição terrena. Particularmente, conheço excelentes mestres do Reino que jamais passaram por um instituto bíblico, assim como conheço ótimos mestres que obtiveram formação acadêmica para aprimorarem seu dom. Biblicamente falando, entretanto, a formação acadêmica não deve ser um requisito para a obra do ministério. As heresias não se propagam na Igreja pela falta de treinamento acadêmico, e sim por causa daqueles que operam fora de seu dom (por exemplo, profetas ou evangelistas que se aventuram a ensinar doutrina). Precisamos de eruditos nas linguas originais e em outras áreas teológicas, mas a formação acadêmica não eleva o obreiro a um nível superior aos demais membros do presbitério, pois as Escrituras nos ensinam que nem todos os presbíteros foram chamados a ensinar a Palavra (1 Timóteo 5:17), mas no entanto são presbíteros juntamente com os mestres do Reino. Mestres operam em igualdade e submissão a outros membros do presbitério local (profetas, evangelistas e pastores). A especialização, nestes termos, pode ser conquistada por aqueles que assim desejarem. ↩
    Por definição, “sinergia” é a ação simultânea e sincronizada de diversos órgãos ou músculos, na realização de uma função. ↩
    Curiosamente, nas Escrituras as pessoas vendiam suas terras para alimentar os pobres da Igreja. Hoje, a Igreja pede dinheiro ao pobre para comprar terras, gastando mais dinheiro com estruturas eclesiásticas do que com os necessitados. Não seria esta uma inversão de prioridades? ↩
    Sempre parto do pressuposto de que não existe uma maneira exclusiva de se expressar como Igreja, seja institucionalmente ou nos lares. O que há são maneiras mais simples e ágeis de se organizar, versus maneiras mais complexas e burocráticas. ↩
    Assim como tenho consciência de que este mover esteja alcançando a Igreja institucional, sou igualmente consciente dos muitos obstáculos que uma Igreja institucional terá para responder positivamente a este mover, devido à necessária desconstrução de certos paradigmas e sistemas embutidos na tradição herdada por ela.

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  9. Fonte:
    http://paoevinho.org/semper-reformanda-sopros-do-espirito-na-atualidade/#return-note-385-6

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  10. Como podemos definir igreja nos lares, igreja orgânica ou igreja simples?

    Em primeiro lugar, essas referências que acompanham o substantivo próprio “igreja” (Simples, Orgânicas e nos Lares) não são encontrados na Bíblia. A igreja não tem “sobrenome” no Novo Testamento. A única referência que o Novo Testamento usa para a igreja é a cidade onde ela existe, ajunta-se e se relaciona com a sociedade: igreja em Corinto, em Felipos, em Antioquia, as sete igrejas nas sete cidades da Ásia etc. Esses “acompanhamentos” (nos lares, orgânica e simples), são apenas referências utilizadas atualmente para tentar descrever, em poucas palavras, como a igreja, sendo um organismo vivo, existe, relaciona-se com Deus, como os cristãos se relacionam uns com os outros, e como a vida da igreja se inicia e se expande.
    Em outras palavras, é preciso ficar claro que:
    a) não existe igreja nos lares! Existem irmãos que buscam viver Cristo a partir de suas famílias, de suas casas. Vivendo assim, a igreja testifica ser a família de Deus, não aceitando que o viver cristão ocorra em um templo por algumas horas e somente em um determinado dia da semana, enquanto que, dentro de casa, cada um vive seu viver egoísta e mundano. Ser igreja envove toda nossa vida e não momentos ou dias especiais, e começa na relação que cada um tem com o Deus Triúno, expandindo-se para a relação com seus familiares, alcançando parentes, vizinhos e amigos. Um viver baseado apenas em frequentar locais sagrados em dias especiais não é ser igreja, mas estar temporariamente “parecendo” igreja, por estar indo à igreja ou visitando à igreja.

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  11. b) Não existe igreja orgânica! A natureza da igreja é orgânica, porque ela é o Corpo vivo de Cristo e, como um organismo, todos os membros estão ligados ao cabeça e fazem parte uns dos outros. O mesmo sangue que circula na Cabeça é o sangue que circula nos dedos mínimos do pés. A igreja recebeu, ao nascer, um DNA, isto é, elementos divinos que produzem expontaneamente o viver da igreja na exata medida e expressão que a natureza e essência do doador desse “material genético”, isto é, a relação do Pai, Filho e Espírito. Assim como uma semente possui o DNA da árvore que a produziu, a igreja possui o DNA de Deus! A igreja é Santa, porque seu DNA é santo; a igreja é maravilhosa, porque seu DNA é maravilho; a igreja ama os miseráveis, porque seu DNA é o próprio amor que o Pai, o Filho e o Espírito derramam entre si; a igreja aprecia estar reunida, porque possui um DNA que reproduz o mesmo “magnetismo” sagrado e o apreço que o Filho tem em estar com o Pai, que o Pai tem em estar com o Filho; a igreja é una, porque seu DNA é inseparável e eternamente único. Em que pese cada cristão faça parte da igreja por ter nascido de novo, de acordo com o padrão do Novo Testamento, não se pode dizer que o ajuntamento de cristãos individuais e individualistas que não expressem esse DNA seja igreja no aspecto coletivo, o que, de maneira alguma, implica que esses mesmos cristãos não sejam parte do Corpo de Cristo. Eles são, de fato e de direito, mas podem estar perdendo a oportunidades de usufruir com mais intensidade da maravilhosa relação orgânica da vida da igreja tal qual projetada por Deus nas Escrituras.
    c) Não existe igreja simples! A natureza da igreja, em que pese sua multiforme complexidade, é simples, porque Deus é simples. Olhe a natureza em sua volta: como as criaturas, plantas, árvores e flores são geneticamente tão complexas, mas, ao mesmo tempo, esse conjunto é tão simples e essa simplicidade traduz a beleza de uma harmonia que só pode ter sua origem na simplicidade de Deus. Essa mesma simplicidade está presente quando uma irmã ora por uma família, sem ninguém (humano) pedir; quando um casal visita outro casal e ali celebram juntos a vida em Cristo; quando irmãos visitam hospitais e presídios, simplesmente porque o Senhor lhes pediu para visitar; quando jovens se encontram para louvar a Deus sem nenhum “irmão mais velho” mandar; quando você, espontaneamente, prega o Evangelho para seus colegas de trabalho ou vizinhos; quando os irmãos se organizam para comprar uma cesta básica para um família em necessidades. Quando tudo isso ocorre de maneira simples, sem um programa semanal, sem uma ordem de um líder humano, sem uma escala de serviço pré-agendada, o mundo pode testificar a simplicidade da vida cristã. Hoje, muitas pessoas rejeitam o Evangelho porque vêem que a vida cristã é muito complexa para elas, possui muitos rituais, muitos manuais de comportamento e muitas atividades obrigatórias que elas não vão dar conta de seguir. O que as pessoas buscam hoje é um viver simples, relacionamentos simples e uma fé simples, que deveriam ser encontrados na simplicidade e singeleza do Cristo vivido na igreja. Nosso Senhor teve um viver tão simples nesta Terra; não tinha um lugar para dormir e não tinha muitos compromissos… Ele seguia apenas as orientações do Pai. Por fim, quando partiu desta Terra, deixou apenas alguns lençóis em um túmulo emprestado (Jo 20:5; Lc 24:12).
    Concluindo: dizer que a vida da igreja ocorre nos lares e a partir dos lares, que ela é orgânica e simples é um eufemismo, isto é, soa como dizer que a Terra é redonda, que a noite é escura, que a água é líquida etc. Entretanto, a igreja atual se distanciou tanto do que vemos no Novo Testamento que, por mais absurdo que sejam, esses eufemismos são necessários e, misteriosamente, podem até chocar alguns, assim como . Há contudo o perigo de que esses eufemismos se tornem, em um futuro não tão distante, mais uma denominação.

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  12. Há alguns irmãos que, ao invés de utilizar a nomenclatura Simples-Orgânica-nos Lares, estão utilizando o termo REVOLUCIONÁRIO para designar os irmãos que estão se reunindo de forma orgânica. Particularmente, preferimos utilizar os termos “irmãos que se reúnem nos lares” ou “grupos que estão nos lares” ou ainda “irmãos livres”.
    Quando alguém lhe pergunta:
    - onde o irmão (ou irmã) reúne?” Ou
    - o irmãos está em qual ministério?“, há vários irmãos que estão respondendo:
    - nas casas, como está registrado na Bíblia.”
    Acho uma resposta bem satisfatória. Já quando alguém diz que está se reunindo em uma “igreja orgânica”, parece que está falando de um novo lançamento eclesiástico, de uma nova denominação pós-moderna; também, subliminarmente, parece que essa pessoa está dizendo para seu interlocutor: “- eu não reúno em um grupo institucional falido como você; mas estou no lugar mais neotestamentário e abençoado do mundo; estou praticando a verdadeira vida da igreja; estou no centro da vontade de Deus …“. Será?
    Não existe uma igreja institucional ou uma igreja orgânica em constante choque. Existe apenas a igreja, aquela mesma descrita no Novo Testamento que se reúne nas casas como família, que é orgânica em sua natureza e que é simples na sua expressão e todos os que foram salvos fazem parte dessa única igreja, desse único Corpo, quer estejam usufruindo dessa realidade, quer não!

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  13. Fonte: http://igrejanoslares.com.br/category/noticias/auxilio-2/faq/

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